Solidariedade aquece quem enfrenta o frio extremo nas ruas de Belo Horizonte

Os agasalhos e capotes nas ruas de Belo Horizonte refletem o chamado “inverno fora de época” que tem marcado esta primavera na capital mineira. No entanto, nem todos têm acesso a esse conforto, e a atenção se volta para a população em situação de rua.

De acordo com levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com População de Rua da UFMG, seis em cada mil habitantes de Belo Horizonte vivem em situação de rua. Segundo a Pastoral de Rua da Arquidiocese de Belo Horizonte, cerca de 10% desse grupo depende exclusivamente de doações para se alimentar e se proteger das baixas temperaturas.

Com as madrugadas registrando até 9°C, alimento e cobertores se tornam essenciais para cerca de 6.000 pessoas em situação de vulnerabilidade na cidade.

Ações da Prefeitura e assistência social

A Prefeitura de Belo Horizonte implementou um protocolo de atendimento emergencial para esse público. Equipes multidisciplinares têm distribuído cobertores, orientado sobre cuidados com o frio e encaminhado moradores para abrigos com 600 vagas disponíveis, além de oferecer atendimento nos postos do SUS quando necessário.

Riscos à saúde pelo frio intenso

O frio intenso provoca vasoconstrição, aumentando em até 30% o risco de infarto. Outro perigo é a hipotermia, quando a temperatura corporal cai entre 35°C e 32°C, podendo causar fraqueza, tremores e até perda de consciência. Temperaturas abaixo de 29°C representam risco de morte.

Como ajudar

Cidadãos podem colaborar acionando os números 153 (plantão do COP-BH) ou 199 (Defesa Civil) ao identificar alguém gravemente afetado pelo frio nas ruas. Em momentos extremos, a solidariedade é um aliado essencial, oferecendo calor humano e proteção a quem mais precisa.

Fonte: www.otempo.com.br/opiniao/editorial/2025/10/24/solidariedade-para-atenuar-o-frio-nas-ruas