Paraquedista lança um milhão de sementes no Parque do Rola-Moça

Ele se lançou de uma aeronave com uma caixa, que foi aberta durante o voo, e as sementes se espalharam pelo parque levadas pelo vento.

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O Parque Estadual Serra do Rola-Moça, tão castigado pelos incêndios em épocas de seca e onde estão seis mananciais que abastecem 40% da população da região metropolitana de Belo Horizonte, ganhou, em poucos minutos, um milhão de sementes. A unidade de conservação, com quase 4 mil hectares, fica entres os municípios de Belo Horizonte, Brumadinho, Nova Lima e Ibirité, e essa “semeadura relâmpago” foi possível graças à proeza de um paraquedista. Ele se lançou de uma aeronave com uma caixa, que foi aberta durante o voo, e as sementes se espalharam pelo parque levadas pelo vento. O projeto 1M Seeds é da produtora bi02.

De acordo com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), que gerencia a unidade de conservação, o lançamento das sementes foi em dezembro, mas as imagens impressionantes do paraquedista lançando as sementes das alturas foram destaque nesse sábado (5) no programa Caldeirão do Huck, da Rede Globo.

Todas as etapas do voo foram gravadas pela produção do programa. Os preparativos, a decolagem, o salto e o local onde o paraquedista aterrissou, tudo foi mostrado na TV. Segundo O IEF, a ação vai contribuir com a recuperação de áreas atingidas por incêndios florestais.

Ainda de acordo com o Instituto, as filmagens foram feitas no dia 3 de dezembro passado. “Os primeiros contatos para realização do projeto começaram em outubro de 2018, quando o idealizador do projeto e paraquedista, Luigi Cani, procurou a gerência do Parque. A ideia foi abraçada pelo IEF que, além de administrar o Parque, possui viveiros de produção de mudas que poderiam fornecer as sementes necessárias para a empreitada”, informou o IEF.

O gerente da unidade de conservação do Rola-Moça, Marcus Vinícius de Freitas, explica que houve cuidado na escolha das sementes e foram priorizadas espécies encontradas no bioma Mata Atlântica, um dos encontrados no parque. “A unidade de conservação é uma área de transição do bioma para o Cerrado e também um dos divisores naturais entre as bacias hidrográficas dos rios São Francisco e Paraopeba. As sementes foram cuidadosamente guardadas em temperatura adequada para garantir sua sobrevivência até o dia da gravação”, informou Freitas.

PREPARO

Ainda de acordo com o IEF, para conseguir 1 milhão de sementes as equipes dos viveiros localizadas na área de abrangência da Mata Atlântica foram mobilizadas. Em menos de dois meses, eles conseguiram reunir a quantidade necessária. “Os viveiros de nove cidades deram sua contribuição: Varginha, Lavras, São João Del-Rei, Barbacena, Ubá, Carangola, Cataguases, Leopoldina e Nepomuceno”, informou o Instituto.

Entre as espécies típicas, encontradas nas matas de galeria do parque, e onde estão os principais mananciais protegidos nas Áreas de Preservação Permanente, estão o jatobá, ipê, vinhático e quaresmeira. (Com informações do IEF).

Via: otempo