Jurassic Safari Experience: O ‘Jurassic Park’ de BH

É possível ressuscitar um dinossauro extinto há milhares de anos? Para responder a essa pergunta, você não precisa da ajuda de um biólogo evolucionista, basta entrar no carro e passear no Jurassic Safari Experience.

A viagem pelo mundo pré-histórico abre suas portas ao público em Belo Horizontes, a partir de sábado (26), no estacionamento G3, em Mineirão, região da Pampulha.

Assim como acontece em uma expedição por lugares selvagens e remotos, mais de 25 dinos vão circular soltos por uma vegetação de Mata Atlântica, enquanto visitantes os observam em ação diretamente do interior de seus veículos. A ideia é imergir as pessoas no universo desses animais gigantes extintos há mais de 65 milhões de anos.

“Quando se vai a um safári, a gente fica dentro do carro para nos manter seguros. Por isso projetamos esse show seguindo esse modelo para oferecer a mesma sensação de estar em uma terra primitiva cercados por bichos incríveis”, adianta o diretor do projeto, Diego Biaginni.

Ele conta também que foi buscando estimular ainda mais o imaginário de crianças e adultos que a movimentação dos gigantes do passado foi elaborada para o show. Tudo isso fazendo uso de técnicas diversas como a manipulação humana e a tecnologia de animatronic.

“Como são todos feitos em tamanho real, usamos três mecanismos diferentes para trazê-los à vida. Temos os infláveis – que são os gigantes e mais lúdicos –, os animatronics, que são um tipo de robôs que abrem a boca e mexem os olhos, e os que chamamos de ‘costume’ – ou seja, são um tipo de fantasia usada pelos artistas que fazem parte da nossa trupe”, explica.

Segundo o diretor, foi preciso embarcar em um estudo minucioso para que os atores aprendessem a replicar exatamente como cada espécie se portava na pré-história. “Tivemos uma preparação corporal com todo o elenco para que eles conseguissem dar vida e chegar ao mais real possível para que as pessoas se sentissem frente a frente com um dino de verdade”, complementa.

Segurança

De acordo com os organizadores, a segurança foi outro ponto de partida para a criação do espetáculo e todos os protocolos de higiene contra a Covid-19 são seguidos para que ninguém precise sair dos carros. Ao longo do percurso, que dura pouco mais de uma hora, o áudio das apresentações é transmitido através de um canal FM da rádio do automóvel, e a compra de alimentos, bebidas e souvenires pode ser feita por meio da leitura de um QR Code no celular.

“A opção drive-in foi a forma mais segura para a gente fazer esse evento porque de dentro do carro as pessoas podem ouvir os áudios, pedir sua comida e ainda ter contato com os personagens. Tudo isso de forma segura e prática”, resume Diego Biaginni.

Passeio cretáceo

Durante todo o itinerário, o público é guiado por Mike, personagem fictício que explica  – de forma didática e científica – tudo sobre o mundo dos grandes répteis do passado. Ele dá detalhes, por exemplo, sobre o surgimento do parque, revela como os seres foram parar ali, além de apresentar os dinossauros mais famosos do espetáculo, como o braquiossauro, o triceratops e o feroz tiranossauro rex.

Para Bruno Gonçalves Augusta, paleontólogo do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP) e consultor do espetáculo, o evento é importante para se conhecer cada vez mais a história desses animais lendários que fazem parte do processo evolutivo do nosso planeta.

“Há 40 anos, a noção das pessoas sobre dinossauros era diferente. Achava-se, por exemplo, que o tiranossauro andava ereto e arrastando a cauda no chão. Hoje sabe-se que não era assim. Com esse show o que mais queremos é conseguir entreter e educar ao mesmo tempo”, finaliza.

Conheça alguns dos dinossauros que fazem parte do espetáculo:

Braquiossauro

Um dos dinossauros mais altos que já existiram, o braquiossauro podia medir mais de 23 metros de comprimento e pesar mais de 80 toneladas. O seu nome quer dizer “lagarto braço”, em grego e ele tinha um pescoço extremamente longo. Os braquiossauros viveram há cerca de 150 ou 130 milhões de anos. Restos deles foram encontrados na Europa, na África e na América do Norte.

Tricerátops

Com aparência semelhante à do rinoceronte moderno, o tricerátops viveu há cerca de 65 milhões de anos. Ele foi um dos últimos dinossauros a viver na Terra antes que todos os animais desse tipo desaparecessem. Fósseis ou remanescentes de tricerátops foram encontrados na América do Norte.

Pterossauro

Os pterossauros eram répteis voadores que evoluíram há cerca de pelo menos 215 milhões de anos, sendo extintos há cerca de 66 milhões de anos. Esses parentes dos dinossauros dominaram os céus do planeta nos tempos pré-históricos e voavam melhor que as aves modernas, segundo alguns cientistas.

Tiranossauro-Rex

Nenhum dinossauro mexe tanto com o imaginário e desperta tanto terror e admiração como o tiranossauro, ou Tyrannosaurus-rex. Ele foi um dos maiores e mais ferozes predadores que já viveram na Terra. Seu nome significa “rei dos lagartos tiranos” e ele viveu há cerca de 80 milhões de anos. Fósseis de T. Rex foram encontrados nos Estados Unidos, no Canadá e na Ásia.
Serviço

O quê: Jurassic Safari Experience

Onde: No estacionamento G3 do Mineirão (Av. Antônio Abrahão Caram – Pampulha)

Quando: Entre 26 de junho e 18 de julho, com sessões nas quintas e sextas, às 19h e às 20h30, e nos sábados e domingos, sempre às 11h30, 14h30, 17h30 e 19h00.

Quanto: Ingressos custam de R$160 a R$210 (carro para até quatro ocupantes – independente da idade) e podem ser adquiridos pelo site jurassicsafari.com.br.

Via: O Tempo